Pioneiros do estudo das Abelhas Sem Ferrão no Brasil e as gerações seguintes.
Fica a homenagem para todos esses grandes mestres, em destaque aos mestres pilares:
Paulo Nogueira Neto; Warwick Estevam Kerr e ao Padre Jesus Santiago Moure
Paulo Nogueira Neto
Paulo Nogueira Neto o primeiro ambientalista brasileiro considerado “pai dos ambientalistas”.
Sem sobra de dúvida e uma personalidade muito marcante um grande ícone da conservação ambiental não apenas no Brasil como no mundo. A palavra viva sobre o surgimento do conceito “desenvolvimento sustentável”.
Trabalhou de maneira intensa em pesquisas voltadas sobre o comportamento das Abelhas Sem Ferrão (Meliponinae). Em 1963 tendo defendendo Tese em Doutoramento em arquitetura dos ninhos dessas abelhas.
Sendo o autor da Bíblia de consulta de todos Meliponicultores o livro sagrado (Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão). O Livro tendo estilo de trabalhos científicos, comentando e expondo em linguagem acessível informações sobre as principais características dos Meliponíneos, informação e técnicas necessárias para à criação das abelhas indígenas sem ferrão e as medidas que os meliponicultores devem tomar para o manejo correto, além de suas considerações sobre o comportamento, divisão, criação de Meliponíneos, toxicologia e genética entre outros temas.
Paulo Nogueira Neto começou a se interessar e estudar sobra as Abelhas Indígenas Nativas Sem Ferrão ao ganhar do seu sogro Manoel Joaquim Ribeiro do Valle uma exame de Jataí (Tetragonisca angustula).
Warwick Estevam Kerr
Warwick Estevam Kerr pesquisador, geneticista e biólogo; conhecido mundialmente como o maior especialista em genética de abelhas do mundo.
Warwick Kerr tem 585 artigos publicados sendo desses 300 publicações sobre a genética das abelhas.
Onde em 1956; Warwick Estevam Kerr foi para áfrica a fins de pesquisas sobre a espécie de abelha existe na africa, onde em sua viagem ele trouxe 141 rainhas africanas (Apis mellifera scutellata) sendo essa espécie altamente produtiva e também altamente agressiva. Onde das 141 rainhas trazidas apenas 51 rainhas chegaram vivas ao Brasil durante a viagem e colocadas em quarentena na floresta de Eucalipto na cidade de Rio Claro em São Paulo.
As colmeias colocada na mata eram fechada com uma malha especial onde apenas as operárias conseguiam passar, mas não as abelhas rainhas devido o Abdômen muito desenvolvido. Como as abelhas mostravam boa atividade acreditavam que retiram as malhas por algum tempo não causaria problema.
Acabou que trinta abelhas enxamearam-se e reproduziram—se e os pesquisadores perderam o controle sobre elas a partir dai. Com o incidente, algumas pessoas ao redor foram ferroadas houve até alguns casos de óbito e vários apicultores por desconhecimento abandonaram a apicultura na época, causando uma queda na produção de mel no Brasil. E o Warwick Estevam Kerr foi responsabilizado por esse incidente.
A partir desse momento o Kerr incansavelmente se dedicou em estudar a produção e a agressividade da abelha com o apoio da Universidade de São Paulo e conseguiu criar um híbrido das duas espécies europeias que já era comum no Brasil com a africana (Apis mellifera scutellata) trazida por Kerr.
Esse híbrido era muito manso e muito mais produtivo que as européias que existiam no Brasil sendo ainda resistente à praga varroa (ácaros ectoparasitas) que infestava abelhas do género Apis. Possibilitando aos apicultores a produzirem o “Mel Orgânico”. Depois desse grande avanço Warwick Estevam Kerr foi reconhecido mundialmente e muito respeitado pelos apicultores até os dias atuais.
Graças ao Warwick Estevam Kerr o Brasil e hoje o 6° maior produtor de mel ficando atrás apenas dos países como: (China, Estados Unidos, México, Argentina e Canadá). Onde suas pesquisas com abelhas resultaram em significantes aumentos na produtividade de mel no Brasil e no mundo!
Kerr também ganhou destaque internacionalmente no ano de 1950 quando desenvolveu um trabalho inédito de: Determinação de Castas em Abelhas Sem Ferrão.
Padre Jesus Santiago Moure
É fica aqui registrado minha grande homenagem ao Padre Jesus Santiago Moure que veio a falecer em 10 de julho de 2010 aos seu 97 anos (1913-2010) uma grande perda para o mundo.
Sendo considerado sem sobras de dúvidas um dos maiores entomologistas do Brasil e um dos maiores especialistas em abelhas do mundo conhecido como: o nosso papa das Abelhas!
Sendo 68 anos passados a fins de pesquisas científicas no Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná. A sala de número: 395 era reverenciada como seu quartel general sempre aclamado com o papa da taxonomia numérica.
O Padre Jesus Santiago Moure propôs 500 nomes de abelhas sendo a primeira delas a Augochloropsis liopelte no ano de 1940. Seu fichário de 12 mil itens datilografado serve hoje de bíblia para entomólogos em todo mundo.
O seu grande trabalho como cientista e dedicação suprema ao desenvolvimento da expansão da ciência no Brasil foram sempre reconhecido por vários Departamentos: (CNPq, Embrapa, Sociedade Brasileira de Entomologia, SBPC e Capes), sendo uma delas a homenagem prestada pelo o Departamento de Zoologia que em 1982 passou a reconhecer sua coleção de Entomologia como “Coleção de Entomologia Prof. Pe. Jesus Santiago Moure” e a inclusão no livro “Cientistas do Brasil”.
Parte do Catálogo de Abelhas Moure pode ser acessada em: http://moure.cria.org.br
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