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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

  " M u t r e " (Aloysia virgata)  


Alternativa para a Apicultura e Meliponicultura

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Flor do Mutre não é nativa da região, mas apresenta condições de produção de um mel mais claro e de qualidade superior, com maior produtividade, segundo atestam pesquisadores do CVTEC
ELIZÂNGELA SANTOS
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Entreposto para produção e comercialização dos produtos da apicultura na região do Cariri
ELIZÂNGELA SANTOS
29/5/2007 
Em Barbalha, técnicos conseguem extrair de uma caixa de abelhas até 76 quilos de mel, acima da média do Estado
Barbalha. Com a finalidade de auxiliar com novas alternativas de produção de mel na região do Cariri, estão sendo pesquisadas na sede do Centro Vocacional Tecnológico de Barbalha (CVTEC) propriedades da flor do mutre (Aloysia virgata). A espécie é originada da América Latina. Os apicultores da região, mesmo com a iniciação da pesquisa, apostam no mel do cipó uva como o preferido para exportação. Os pesquisadores do Cariri fazem a experiência com a planta há um ano, numa área pequena, de 0,6 hectare. A terceira etapa do plantio está sendo trabalhada.

Os avanços da produtividade na região têm sido significativos, no que diz respeito às técnicas empregadas para garantir maior produtividade. Essa é uma constatação dos técnicos. Com as novas técnicas e a inauguração, no final do ano passado, do entreposto do mel, os produtores terão a oportunidade de comercializar com selo de inspeção federal.

Os cursos para aprimoramento da produtividade têm sido cada vez mais comuns. O entreposto Padre Agostinho Marcondes, no local, servirá de baliza pára teste de qualidade do produto. Os apicultores terão a oportunidade de aferir qualidade ao que produzem e comercializar o produto com mais qualidade.

Essas questões foram expostas para cerca de 100 apicultores do Cariri, durante recente encontro realizado na região. Várias vertentes foram examinadas. Os produtores também foram ouvidos sobre as técnicas adotadas na produção e no processamento do mel.

O controle de qualidade no processamento do mel foi apresentado pela tecnóloga de alimentos, Emonalisa Lucena, responsável pelo entreposto. Os apicultores tiveram a oportunidade de conhecer de perto o local e as técnicas empregadas de processamento, desde a preparação, higienização e assepsia das pessoas que atuam no local. As discussões para implantação do entreposto foram iniciadas através do Fórum da Mesorregião do Araripe — uma oportunidade para vender o mel com qualidade na região.

O técnico Wagner Santos abordou a questão da técnica e manejo na colheita do mel. Segundo ele, a experiência com o mutre no Estado foi realizada por meio de pesquisas na Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1996, mas em pequena escala. A decisão de realizar o trabalho em nível de pesquisa demonstra a possibilidade de produção por meio de irrigação e adubação orgânica. O resultado, ressalta, é um mel de qualidade, claro e com grande teor protéico, sem nenhuma quantidade de açúcar, como o teor encontrado no mel da flor do marmeleiro e bamburral. “A vantagem do mel da flor mutre é ele se assemelhar a do cipó uva, melhor em qualidade extraído da região, para os europeus, por ser claro e de fácil aceitação no mercado”, diz.

O técnico afirma as controvérsias dos produtores, por estar sendo introduzida uma cultura estranha na área. Wagner diz que a intenção é testar, por meio de pesquisa, novas possibilidades de adequação para o mercado. O professor Carlos Pedro Costa destacou o reflorestamento para o pasto e os impactos no meio ambiente.

Os resultados com as novas adequações são positivos. Em Barbalha, os técnicos conseguem extrair de uma caixa de abelhas de 33,5 quilos a 76 quilos de mel, enquanto a média no Estado é de 20 quilos a 30 quilos. “O manejo é importante. Há 10 anos a média de produção era de apenas 10 quilos”, diz Wagner Santos.

Mais informações:Centro Vocacional Tecnológico (CVTEC), onde funciona um entreposto de mel
Município de Barbalha
(88) 3532. 2311 (88) 3532.0801

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regional@diariodonordeste.com.br

ELIZÂNGELA SANTOSRepórter

Um comentário:

  1. Gostaria de saber se está bem próximo um resultado final da pesquisa sobre o MUTRE. Porque muitos apicultores estão curiosos para saber como será o comportamento dessa planta no nosso Nordeste como o todo: Sertão, Serra e Litoral.
    Grato Amaury

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